Estudar a história é conhecer nosso passado a fim de não cometermos os mesmos erros no futuro. Já dizia o sábio que a “História é a sucessão sucessiva dos sucessos sucedidos”.
Foi nos séculos XVIII e XIX, após anos de submissão, que a humanidade acordou e se libertou. Quer seja pelo movimento Iluminista ou pela revolução Industrial.
O Iluminismo surge tendo várias bandeiras, entre elas a separação da igreja do poder político.
Estudando a história veremos que foram séculos em que a igreja explorando a fé do povo locupletou-se do poder e de suas benécias.
Não podemos também nos esquecer das atrocidades praticadas pela igreja onde matar fazia parte do jogo para manter-se no poder. Basta ver o que fizeram na Santa Inquisição. Relembro ainda os dogmas de fé, impostos e que não permitem ser questionados.
Antes de continuar devo esclarecer que sou cristão, mas condeno veementemente aqueles que exploram a fé do povo por dinheiro e por poder. Também não sou contra as igrejas e registro o meu maior respeito por pastores e padres que cumprem seu papel de orientadores espirituais, pois acredito que esse trato faz parte da saúde das pessoas. O que me revolta é sabendo da história, assistir o que acontece hoje.
Repetindo nosso passado, igrejas evangélicas se infiltrando no poder do estado para beneficiar-se mais da ignorância do povo. Hoje já são reconhecidos como “Bancada Evangélica” no Congresso.
Só quem já participou de uma campanha política pode dizer o que são estes maus pastores e quanto os políticos pagam por seu apoio.
Mas não param por ai. Em uma rápida busca na internet a notícia: “Dois deputados do PR carioca correm o risco de ficar sem o diploma depois que a Procuradoria Regional Eleitoral entrou com uma ação por abuso de poder econômico. Marcos Soares, eleito deputado federal e Filipe Soares, eleito deputado estadual e mais três pastores da Igreja Internacional da Graça Deus são acusados de usarem os templos da igreja na campanha eleitoral. Os dois são filhos do líder da igreja, o missionário R.R.Soares”. (site Terra de 13 nov 2014). Uso esta notícia apenas como exemplo, mas teria dezenas de casos a relatar.
A semana passada a escandalosa notícia que o Congresso promulga emenda que isenta de IPTU imóveis alugados por templos religiosos.
Mais lamentável é a declaração do relator da proposta na Câmara, deputado João Campos (Republicanos-GO), que afirmou que a emenda vai garantir o que já está previsto na Constituição: a liberdade de culto religioso em todo o território nacional. Gostaria que me provasse que não existe liberdade para a realização de cultos religiosos.
Pior é saber que um grupo de 16 entidades religiosas deve R$ 1,6 bilhão em impostos, segundo levantamento da PGFN (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional) obtido por meio da Lei de Acesso à Informação.
Pergunto: Qual a diferença dos bandidos que exploraram a Petrobras, dos evangélicos que usam o poder político para explorar ainda mais o povo brasileiro?
Cesar Jumana