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4 Maio 2024

Israel – Uma vergonha para a humanidade

Nasci em 1951, portanto seis anos após o término da segunda guerra mundial. Desde que me conheço por gente, quando tinha meus 14 anos, ouvia falar que a terceira guerra mundial começaria no oriente médio.

Já adulto e trabalhando para uma firma suíça, Sig Fried Payer AG, e em conversa como um de seus diretores, Othmar Supiger, ouvi dele sua insatisfação para com o povo judeu. Dizia ele não gostar de judeu pois em todo conflito no mundo, ou ele estaria envolvido diretamente ou indiretamente fornecendo armas.

Essa sua colocação me fez ler mais sobre os conflitos que lá aconteciam, principalmente na região de Israel, Palestina e Faixa de Gaza. Aprendi que historicamente trata-se de uma região de muitas guerras e conflitos.

O Oriente Médio fica na junção da Eurásia, da África, do mar Mediterrâneo e do Oceano Índico. É o local de nascimento e centro espiritual do cristianismo, islamismo, judaísmo, iazidi, mitraísmo, zoroastrismo, maniqueísmo e bahá’i. Ao longo de sua história, o Oriente Médio tem sido um grande centro de negócios do mundo, uma área estratégica, econômica, política, cultural e religiosamente sensível.

As primeiras civilizações da Mesopotâmia e do Antigo Egito, originaram-se no Crescente Fértil e em regiões do vale do Nilo do antigo Oriente, assim como as civilizações do Levante, Pérsia e da Arábia.

O Oriente Médio foi unificado pela primeira vez sob o Império Aquemênida seguido mais tarde pelo Império Macedônico e império iraniano, a saber, o Império Parta e o Império Sassânida. No entanto, seriam os califados árabes na Idade Média ou idade de ouro islâmica, que primeiramente iriam unificar todo o Oriente Médio como uma região distinta e criar a identidade étnica dominante que persiste até hoje. Os Império Seljúcida, o Império Otomano e o Império Safávida também depois dominariam a região.

O moderno Oriente Médio surgiu após a Primeira Guerra Mundial, quando o Império Otomano acabou e a Palestina passou a ser administrada pela Inglaterra. Isso fez com que os conflitos entre árabes e judeus se intensificassem ainda mais. A Inglaterra apoiava o movimento sionista, criado para fundar um Estado Judaico na Palestina que era considerada o berço do povo judeu, que vinha sofrendo perseguições em todo o mundo, mas sem violar os direitos dos Palestinos que já viviam ali. Assim na década de 20 ocorreu uma grande migração de judeus para a Palestina.

Após a Segunda Guerra Mundial e o fim do Holocausto (que matou mais de 6 milhões de judeus), a Organização das Nações Unidas aprovou em 1947, a criação de dois estados: um judeu (ocupando 57% da área) e outro Palestino (ocupando o resto do território). Essa partilha de terras desagradou os Palestinos (árabes). Em 1948 quando os ingleses desocuparam a região, os judeus criaram o Estado de Israel sendo que um dia depois, os árabes insatisfeitos com a partilha declararam guerra. Acabou que os árabes foram derrotados e esse conflito fez Israel conseguir aumentar seu território de 57% para 75%.

Desde essa época os Palestinos passaram a ser subjugados a vontade dos judeus. Isolados como na faixa de Gaza e pisoteados na Palestina.

Sempre disse que soldado de país rico é chamado de Forças Armadas e de país pobre Terrorista. Não quero com isso dizer que defenda atos terroristas como os praticados pelo Hamas, mas posso entender o que os levou a esse extremismo.

De há muito acompanho as notícias da região e sempre me indignou as condições impostas por Israel aos Palestinos como por exemplo, o avanço de seu território, expulsando os Palestinos de suas terras com inúmeros assentamentos de judeus.

Me recordo que em passado não muito distante, alguns soldados israelenses também se rebelaram contra muitas dessas ações desumanas.

Em minha opinião, muito do que acontece hoje, é fruto dessas ações e pela inanição do mundo, ao se abster e a ignorar o direito dos Palestinos de terem sua própria nação. Talvez os interesses americanos pela região seja o problema maior.

Infelizmente, Israel sob a direção de Benjamin Netanyahu, político de extrema direita e de passado nebuloso, seja ele o grande culpado pelo que acontece.

Pela desproporção monstruosa da reação dos judeus contra os Palestinos, desrespeitando convenções internacionais sobre guerras, me faz chamá-los de genocidas. Nada justifica matar inocentes sob qualquer alegação. Netanyahu terá que se explicar aos judeus e ao mundo por seus feitos.

Não podemos admitir suas ações matando mulheres e crianças inocentes, negando-lhes ajuda humanitária e os deixando sem suas casas, sem comida, água e assistência médica.

As consequências econômicas para Israel já são catastróficas e seu turismo, fonte de grande renda, já está comprometido para as próximas décadas.

Se os brasileiros e outros estrangeiros, hoje reféns na Faixa de Gaza, vierem a morrer, ele será o único responsável e é o povo judeu que pagará a conta.

 

Cesar Jumana